quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"Mr MacCann! Good Luck"

Fiz a mala apenas com um pijama, uma muda de roupa, sapatos e algo mais "chic" para sair. A estadia em Londres era de quatro dias mas... a época de saldos permitia-me levar uma bagagem reduzida (um dia viajarei apenas com a escova de dentes ; )

A verdade é que nem os saldos me entusiasmavam tanto como a perspectiva de quatro noites bem dormidas e a mala era o que menos me preocupava.

Dentro do avião, um "bife" roubou-me à descarada o lugar para a bagagem de mão. Por milagre, arranjei um buraquinho mais à frente.

Já sentada, reparei que chegavam passageiros de última hora. Entre eles estava o pai MacCann.

Assisti a todas as notícias, já o tinha visto na Praia da Luz, mas parece que só naquela altura consegui perceber verdadeiramente a dimensão da dor daquele pai. Afinal, agora também eu sou mãe e só a lembrança daquela história me aperta o peito e a garganta.

Não sei o que se passou naquela fatídica noite, sei apenas que não consigo conceber que algum pai ou alguma mãe neste mundo consiga ver o seu filho sofrer ou desaparecer sem preferir mil vezes trocar de lugar com ele.

"Tenho de dizer alguma coisa a este homem", pensei. Mas não à frente de toda a gente. Não era algo que quisesse partilhar com mais ninguém, muito menos abrir uma janela a comentários.

Esperei a aterragem, mas ele desapareceu. "Paciência".

À saída do avião, porém, tive a minha oportunidade. "Mr MacCann! Good Luck. Hope you find your daughter"

"Oh! Thank you, thank you!".



sábado, 9 de janeiro de 2010

E o presente para os pais foi???? um par de olheiras :(



No primeiro aniversário do Rambinho o dia foi agitado, mas a verdadeira roda viva estava para vir na festarola do dia seguinte.

Não sei se o rambinho pressentiu alguma coisa, só sei que esta noite a coisa foi mais complicada do que o costume (e nunca é fácil....).

Adormecer no carrinho demorou o habitual, 30 ou 40 minutos. Até aqui tudo bem, ou melhor, tudo normal.

Depois, passou para a cama com uma refilice mínima (nada de extraordinário), e por lá ficou mais ou menos uma hora, aparentemente a fazer um soninho tranquilo.

O primeiro alarme soou perto das onze. O bombeiro do costume (vulgo: biberon de leitinho cerelac) conseguiu circunscrever a choraminguice, mas durou pouco.

Ainda estávamos a encher balões quando foi preciso chamar a intervenção de toda a corporação (vulgo: Big Mamma), para controlar a situação.

Por ser o seu dia de anos, o Rambinho deve ter feito um desejo quando apagou as velas:"quero dormir ao colo da mãe a noite toda". Bom! meu dito meu feito!

O baby só se calava a dormir refastelado em cima de mim. Tentei pô-lo três vezes (em três horas) na sua caminha mas a resposta era sempre a mesma: "dadadadada mamamamamamaaaaaaaaa" (tradução:quero dormir contigo mamã).

A cama dos pais também foi rejeitada às primeiras tentativas mas depois ele lá ficou, até eu perceber que o Big Daddy estava a ponto de ir dormir para o tapete.

Foi ai que, cheia de "coragem" (na verdade era mais medo, muito medo) peguei com toda a cautela no pequeno ranger e fiz mais uma investida rumo à sua caminha. FICOU... mas já passavam das quatro da manhã....

..... a festa começava às 10h30 (no comments)

É certo que o Rambinho nos proporcionou um belo par de olheiras (o que me obrigou a "caprichar" na maquilhagem), mas não posso negar que ADOREI tê-lo a dormir juntinho a mim

Mãe é assim mesmo não é? preocupada, galinha, carinhosa e muuuiiito masoquista (lol)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

E já lá vai UM! PARABÉNS RAMBINHO



O dia 8 de Janeiro de 2009 amanheceu cheio de sol, mas o termómetro indicava dois graus. A expectativa era muita. Estávamos à tua espera há nove meses e a última semana tinha sido vivida em clima de grande expectativa.

Quando entrámos no Hospital da Luz já passava das nove e meia da manhã. Os avós Luís e Maria João foram dar-te o último beijinho dentro da barriga da mãe. Eu e o pai estivemos sempre juntos, o pai não queria perder um segundo e passou o tempo todo a filmar e a tirar fotografias.

Passaram-se oito horas até que a Dr Paula disse as palavras mágicas "é agora". Não querias sair nem por nada mas era preciso vencer essa teimosia e trazer-te de uma vez por todas para colo da mamã e do papá.

Ás 17h16 (e picos), nasceste a choramingar. Parecias um esparguete, com pernas muito compridas. Medias 50 centímetros. O peso, 3,260kg, era normal e deitava por terra todas as previsões e escalas que te apontavam com pelo menos mais 600 ou 700 gramas.

Vestiram-te a roupinha feita pela avó Rosarinho e puseram-te ao meu colo. A tia Joana conseguiu furar a segurança e esgueirou-se para te ver quando ainda estavas no segredo dos deuses. Lá em cima aguardavam impacientemente os avós (o avô Francisco também tinha chegado), a bivóvó Rosinha o tio Gonçalo, a tia Marta, o tio Carlos e os três tios emprestados, Adrião, Fernando e Vasco.

Quem diria que aquele bébé tão sossegadinho, com um choro tão baixinho, ia ser o rapagão enérgico, cheio de vida e personalidade que és hoje.

Crescente 19 cm, engordaste 8 quilos e umas gramas e aumentaste o volume dos teus guinchinhos para decibéis que seguramente ultrapassam os limites permitidos pela lei da boa vizinhança (apesar de nunca ninguém se ter queixado... mas acho que é por medo ;)

Já não me lembro como era a minha vida antes de nasceres, dormia mais, é certo, mas não era tão feliz. Adoro-te bébé! desejo-te toda a felicidade do mundo e que tenhas sempre muita muita saúde e energia para seres muito feliz e concretizares todos os teus sonhos.

Um beijo gigante e um abraço muuuuiiito apertado

Mummy

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Festas em "Flashback"

O ano começou de forma conturbada. Depois de um Reveillon excelente rodeada de amigos queridos, bébés maravilhosos e uma babysitter fantástica, a nossa Almerinda (empregada) teve de nos deixar.

Começou o leva e traz de e para casa dos meus pais, não só do bébé mas de pilhas de roupa que cresciam todos os dias como cogumelos selvagens.

A máquina de lavar loiça resolveu meter baixa com uma doença estranha, por isso, em vez de actualizar o blog tranquilamente ao cair da noite, passei os primeiros dias do ano na faxina e com as mãos mergulhadas em Fairy até às duas da manhã, hora em que era preciso alimentar o pequeno ranger.

Mas porque há pequenas aventuras que vale a pena contar, deixo aqui em jeito de agenda, as últimas do piqueno:

Dia 23 de Dezembro - O Rambinho resolveu antecipar o Natal. Despachado como é, na véspera da véspera decidiu que já chegava de trambolhões e curtas distâncias e fez-se à vida. Percorreu a casa toda sem nenhum tombo a registar, etapas de gatas ou desequilíbrios de cortar a respiração. Foi um presente antecipado! que bom!

Dia 24 de Dezembro - A ceia acabou de forma diferente. Só eu e o meu rambinho. Estávamos a dormir em casa dos avós. Os presentes e toda aquela agitação fizeram com que o João Pestana tivesse sérias dificuldades em impôr a sua vontade. Só lá para a meia-noite é que o baby cedeu e lá se deixou adormecer. Mas cerca de uma hora depois, acordava sobressaltado e não havia nada que o acalmasse. Dei-lhe colo. Cantei-lhe músicas de embalar. O choro desenfreado foi-se suavizando. E ali fiquei! sem pressa, à espera que caísse num sono profundo. Todos acabaram por se ir deitar. Obrigada Pai Natal!

Dia 25 de Dezembro - O almoço correu bem. O Rambinho foi o rei da festa e escravizou os primos mais velhos obrigando-os a bater "palminhas" pelo menos durante meia hora. Á noite rendeu-se... finalmente estava estafado... e nós também!

Dia 30 de Dezembro - E para acabar p ano em beleza .... ... o rambinho achou que giro, giro era fazer dois grandes repuxos (de xixi... para que não haja dúvidas), em pleno muda fraldas da natação. Nesse dia o Big Daddy não pôde ir, LOGO, a Big Mamma "alone" teve de eliminar as provas do crime. Voltámos a sair do recinto, quais criminosos em fuga, e metemo-nos, os dois, debaixo do duche. Regressados à aula, não houve mais incidentes a registar, pelo menos, fora da fralda.

Dia 31 de Dezembro - BOM ANO A TODOS! QUE ESTE NOVO ANO TRAGA MUITA SAÚDE E ALEGRIA A TODOS OS NOSSOS RAMBINHOS (e noites bem dormidas a sus papás e mamãs).